
Receba novidades como essas diretamente na sua caixa de entrada, clique aqui
A Internet das coisas chegou para revolucionar o dia-a-dia: do âmbito doméstico ao fabril, máquinas e objetos inteligentes estão se tornado cada vez mais comuns. Principalmente nas indústrias, a IIoT (Industrial Internet of Things) tem desempenhado um papel central ao transformar dispositivos em ferramentas potentes, capazes de otimizar toda a cadeia produtiva.
No entanto, como toda transformação, o debate sobre IIoT gera medo e desconfiança dentro das empresas. Realmente vale a pena apostar nessa estratégia? Quais os riscos envolvidos? Foi pensando nisso que escrevemos este post, explicando quais são as principais recomendações para cada um dos públicos envolvidos.
Internet das coisas (IoT) é o nome dado à tecnologia que permite a conexão e transmissão de dados entre objetos e máquinas. Ela pode estar presente em carros, prédios, móveis, eletrodomésticos e até mesmo em equipamentos industriais, como linhas de montagem, robôs, máquinas, bombas, misturadores e fornos, entre muitos outros.
Quando aplicada à indústria, a Internet das coisas se torna Internet industrial (IIoT). Nas chamadas “fábricas inteligentes”, essa tecnologia dá às máquinas a capacidade de coletar e transmitir informações para promover uma análise avançada de dados.
Nos últimos anos, a adoção da IIoT têm se mostrado decisiva para as indústrias. Com ela, é possível desenvolver sistemas mais rápidos e eficientes, aptos a monitorar, coletar e analisar informações fundamentais para tomadas de decisão rápidas e certeiras. E, claro, otimizar todo o processo industrial.
Não à toa, o investimento nessa tecnologia já é significativo: de acordo com a Bsquare, 86% das indústrias já estão implantando, ao menos em alguma medida, dispositivos, sistemas e soluções IIoT.
Como toda inovação, a IIoT traz consigo desafios, gerando dúvidas e temores em todas as etapas da cadeia produtiva.
Em 2015, o World Economic Forum lançou o relatório “Industrial Internet of Things: Unleashing the Potential of Connected Products and Services” (em português: “Internet industrial das coisas: Liberando o potencial de produtos e serviços conectados”). Como parte da pesquisa, o grupo de trabalho entrevistou líderes, pioneiros e interessados no tema da Internet Industrial.
No que dizia respeito aos desafios e riscos da nova tecnologia, essas foram as principais inquietações manifestadas pelos profissionais da indústria:
Nesse sentido, o relatório do World Economic Forum propõe uma série de recomendações para cada uma das áreas envolvidas na implementação da IIoT. A partir delas, afirma o estudo, é possível aproveitar as oportunidades de curto prazo, acelerar o desenvolvimento da IIoT e capitalizar, então, a mudança estrutural de longo prazo.
Confira aqui as recomendações, divididas por cada setor envolvido e/ou interessado na implementação.
Empresas provedoras de tecnologia devem começar a criar cartilhas de melhores práticas de segurança. Esses inventários devem ser compartilhados e, no cenário ideal, podem até mesmo se tornar normas globais de segurança.
É importante que o setor de provedores de tecnologia participe ativamente do desenvolvimento de “testbeds” de tecnologia, a fim de demonstrar como soluções criadas por diferentes organizações podem funcionar juntas. No Brasil, a ABII (Associação Brasileira de Internet Industrial) possui um programa de desenvolvimento de “testbeds” que qualquer um pode fazer parte e contribuir.
Além disso, o relatório defende que essas empresas foquem em inovações brownfield, tornando-se aptas a dar suporte aos equipamentos existentes no campo e a tranquilizar o mercado apresentando cases de sucesso.
As organizações que utilizam ou pensam em adotar IIoT, por sua vez, devem iniciar reorientando as linhas gerais de suas estratégias de negócio, de modo a aproveitar ao máximo os últimos avanços da Internet industrial.
O segundo passo é identificar parceiros nesse novo ecossistema, analisando se as plataformas desenvolvidas por eles podem ser aproveitadas ou se há a necessidade de criar novas plataformas.
Por último, o relatório recomenda que empresas que ainda não implementaram IIoT devem identificar uma ou duas aplicações dessa tecnologia que sejam relevantes e possam apontar futuros caminhos. Essas aplicações devem ser testadas por seis meses, para incentivar o aprendizado necessário para a implementação total. É o que chamamos de adoção de IIoT em sprints e explicamos em detalhe neste outro post.
Aqueles com o poder de elaborar políticas públicas devem reexaminar e atualizar as políticas referentes à proteção de dados. com o objetivo de otimizar o fluxo de dados entre fronteiras.
O relatório também recomenda que as regulamentações atuais a respeito de indústrias de bens de consumo e health care sejam revistas e aperfeiçoadas, para que encorajem investimentos e a adoção de novos processos digitais. No Brasil, um exemplo dessa atualização é o novo Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, regulamentado pela Anvisa e que implica em novos processos em toda a cadeia da indústria farmacêutica.
Em mercados emergentes, as políticas públicas deverão incentivar o aumento do investimento governamental em infraestrutura digital.
O relatório recomenda, ainda, que os elaboradores de políticas públicas aprendam mais sobre as implicações sociais e políticas da IIoT, atuando em defesa de aplicações dessa tecnologia com alto potencial, como cidades inteligentes.
De acordo com o relatório, todas as partes interessadas na implementação da IIoT devem trabalhar juntas. Indústrias, provedores de tecnologia, governo e Academia devem colaborar, a longo prazo, para resolver desafios tecnológicos fundamentais relacionados à segurança, inoperabilidade e gerenciamento de riscos sistêmicos.
Esses setores devem conduzir projetos esclarecedores, que demonstrem os reais benefícios e aumentem a popularidade da Internet industrial entre o público comum.
Eles também devem implementar novos treinamentos, programas e incentivos políticos para empregadores e trabalhadores, que encorajem a requalificação das categorias de trabalho de alta demanda.
Gostou de saber como enfrentar os principais desafios? Aproveite e entenda também porque 2018 é o momento ideal para investimentos em modernização da indústria.
Receba novidades como essas diretamente na sua caixa de entrada, clique aqui
Receba novidades como essas diretamente na sua caixa de entrada, clique aqui