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Até agora, 2018 envolveu tanto altas quanto baixas na indústria brasileira, especialmente quando se trata do setor automotivo. Nos primeiros meses, vivemos um crescimento acelerado das vendas, mas a indústria ainda sente os efeitos do período de recessão econômica.
Reunimos aqui 4 acontecimentos importantes para a indústria no primeiro semestre, com foco no setor automotivo e de tecnologia. Não está atualizado? Veja o post e fique por dentro dos balanços, leis e incentivos!
Os efeitos da recessão econômica ainda estão sendo absorvidos pela indústria. Hoje, a economia está 6% menor do que era em 2014. Mas, já há previsões de que em 2020 vamos recuperar o cenário econômico daquele ano.
Nos três primeiros meses de 2018, a economia brasileira registrou expansão de 0,4%, de acordo com o IBGE. O consumo das famílias aumentou em 0,5%, um aumento acima do previsto. Quantos aos bens e serviços, as exportações registraram aumento de 1,3% e as importações cresceram 2,5%, em relação ao fim de 2017.
O primeiro semestre de 2018 mostrou um crescimento de 14% nas vendas de carros em comparação ao mesmo período de 2017. A indústria automotiva no Brasil saiu de um cenário de escassez e entrou em um momento de ajustes e preparação para uma fase de crescimento, com investimentos em produtividade, renovação e revisão dos processos.
Esse panorama é uma das conclusões do estudo Cenários para a Indústria Automobilística, realizado pela Roland Berger em parceria com a Automotive Business, com mais de 600 participantes. Para a maioria dos profissionais (56%), digitalização e indústria 4.0 são as maiores tendências para a área de manufatura.
Em junho, a produção de veículos no Brasil subiu 20,7% em relação a maio. Em relação a junho do ano passado, o crescimento foi de 21,1%, continuando a sequência de altas de 2018. Nesse primeiro semestre, a indústria produziu 1,43 milhão de veículos leves, caminhões e ônibus, de acordo com dados da Anfavea, associação dos fabricantes. Isso representa um aumento de 13,6% em relação ao ano passado.
As previsões são de que esse número se reduza um pouco daqui para frente. A junção de paralisação dos caminhoneiros, Copa do Mundo e redução das encomendas na Argentina e México, principais mercados do setor automotivo brasileiro, reajustou para baixo as previsões de 2018.
Ainda assim, a produção deve crescer 11,9% de acordo com os novos cálculos, chegando a 3.021 milhões de unidades produzidas até o final do ano.
O Rota 2030, novo programa para a indústria automotiva, foi lançado em julho, depois de mais de um ano de negociações, e pretende tornar o carro nacional mais seguro, sustentável e eficiente. Com validade de 15 anos, o programa visa aumentar a competitividade do carro brasileiro no exterior e assegurar a força da indústria automobilística no Brasil.
O Rota 2030 põe fim à proteção concedida aos veículos fabricados no Brasil através da tarifa extra de 30% no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre produtos importados, o “Super IPI”, que reduzia a competitividade dos automóveis estrangeiros. Em 2018, os carros importados passaram a ser vendidos com a mesma taxa de imposto que os nacionais e assim vai continuar.
Quer entender melhor o Rota 2030? Separamos os principais pontos do programa aqui:
Vem incentivo fiscal para as montadoras e aumento na Pesquisa e Desenvolvimento por aí. As empresas que investirem ao menos R$ 5 bilhões em P&D terão redução de R$ 1,5 bilhão em impostos por ano.
Além disso, o Imposto de Importação sobre peças não fabricadas no Brasil, que era de 2%, foi anulado. Isso ajuda as empresas com baixos volumes de produção e que requerem muitas peças produzidas no exterior, como as de carros de luxo. A redução pode fazer com que elas mantenham suas fábricas no país.
Com o Rota 2030, as montadoras têm até 2023 para melhorar em 11% a eficiência energética dos veículos, reduzindo assim o consumo médio de combustível por carro. As empresas que atingirem a meta terão o IPI reduzido conforme a eficiência de cada veículo. O IPI pode cair, dos 25% atuais, para um valor entre 7 e 18%.
Novos equipamentos de segurança serão obrigatórios nos veículos, entre eles, controles de estabilidade e tração, Isofix – para fixação de assentos infantis -, encosto de cabeça no banco traseiro e cinto de segurança de três pontos para o passageiro do meio. Os veículos também terão que ter etiquetas para informar sobre o consumo de combustível e itens de segurança.
Para estimular a produção e compra dos carros “verdes”, os veículos elétricos e híbridos terão redução no IPI, que cairá de 25% para uma faixa entre 7 e 20%. Os híbridos com motor flex têm ainda um desconto extra.
Os carros elétricos Chevrolet Bolt e Nissan Leaf já estão confirmados para o Brasil. A Toyota também entrou nessa e está preparando um Prius híbrido com motor a combustão movido a etanol.
A lei de informática foi atualizada em junho para fortalecer a Pesquisa e Desenvolvimento no setor de tecnologia da informação (TI) e comunicação (TIC). Agora, empresas de TI e TIC que investirem em pesquisa, desenvolvimento e inovação terão direito a redução ou isenção do IPI e vantagens em licitações públicas.
Algumas áreas beneficiadas por esses recursos são a instalação de plantas fabris, contratação de recursos humanos, produção de bens de informática e desenvolvimento de hardwares.
A proposta também inclui universidades e institutos de ciência e tecnologia públicos como beneficiários para a aplicação em pesquisa e desenvolvimento, laboratórios e ambientes de inovação. O texto também prevê apoio à criação e consolidação de ambientes que promovem inovação, desenvolvimento tecnológico e aumento da competitividade.
Atualmente, 600 empresas já recebem essa redução nos impostos e 300 universidades e institutos recebem recursos para pesquisas na área. Por ano, as companhias têm uma redução de R$ 5 bilhões em impostos e reinvestem R$ 1,5 bilhão em ciência, tecnologia e inovação.
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