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Qual a diferença entre robôs colaborativos e industriais e como escolher a melhor opção

Um relatório da Federação Internacional de Robótica de 2020 mostra um crescimento de 12% de robôs instalados no mundo no comparativo com 2019. E deste crescimento, 11% está ligado a robôs colaborativos ou cobots, representando 4,8% de todo o mercado. Já uma análise do MIT afirma que a colaboração entre robôs e humanos torna uma atividade 85% mais produtiva. Os dados mostram que o uso de robôs, sejam eles industriais ou colaborativos, é um caminho sem volta. Mas qual a diferença entre as tecnologias e como escolher a melhor opção para o seu negócio?

Antes de tudo é importante lembrar que os robôs industriais são utilizados nas fábricas desde os anos 1980 e foram criados bem antes disso. Já os robôs colaborativos ou cobots têm pouco mais de uma década e chegaram ao Brasil com a Pollux, em 2015 , pioneira no uso da tecnologia em projetos industriais. Atualmente, a base instalada de cobots no país é de aproximadamente 250 robôs o que torna o Brasil um mercado ainda emergente para esta tecnologia, comparado a outros países do mundo que tem um número muito superior de robôs instalados.

Os dois tipos de robôs têm características, aplicações e funções muito similares. O robô industrial vem de uma linha em que o não é possível trabalhar próximo a ele (fica enclausurado e há toda uma preocupação relativa a segurança), é dimensionado para cargas muito grandes e seu processo de programação é mais complexo. Já quando se fala em robôs colaborativos é possível trabalhar perto ou em conjunto com eles (funcionam como uma extensão do operador, ajudando a realizar uma tarefa). Os cobots serão aqueles companheiros que darão ganho de desempenho, realizando tarefas mais complexas.

O robô colaborativo consegue realizar uma série de cálculos internos para saber exatamente a força que pode ou deve aplicar em cada atividade, por isso sempre terá controle e exercerá uma força segura. No entanto, é possível executar praticamente as mesmas funções com qualquer um dos modelos de robôs. Os industriais, além de suportarem cargas maiores, têm mais velocidade. A grande diferença entre as tecnologias é a colaboração, efetivamente.

Na hora de avaliar o benefício do uso de robôs para o negócio é importante identificar a aplicação que o projeto se propõe. Entendendo a carga e velocidade da sua linha, é possível começar a pensar na melhor opção e avaliar diferenças e vantagens de cada modelo. Um grande benefício dos robôs colaborativos, por exemplo, é a programação simples, depois, justamente a possibilidade de colaboração e também o ganho de espaço da fábrica.

Um segmento que gosta muito dos robôs colaborativos é o farmacêutico. Porque é uma indústria que opera com sala limpa e aí o custo do metro quadrado é muito alto. E ainda tem todo o sistema de refrigeração e renovação do ar, que segue normas bastante rígidas. Neste caso, representa um ganho muito grande ter uma robô operando no menor espaço possível. Imagine também uma fábrica que não quer automatizar uma operação de encaixotamento, mas deseja automatizar a paletização porque não é confortável para o operador. Com os cobots é possível fazer uma operação ao lado da outra, com pessoas e robôs atuando praticamente juntos.

Nos dois aspectos, quando há falta de espaço na fábrica e quando o operador precisa atuar junto, o robô colaborativo se encaixa muito bem. Mas o robô industrial tem muitas vantagens em todas as outras situações e pode ficar mais barato em termos de custo de projeto, com um desempenho melhor e atuando com cargas maiores.

Alguns clientes têm como objetivo estratégico levar a imagem de tecnologia para dentro da empresa e por isso acabam optando pelo uso de robôs em seus projetos. Outras empresas, tem um plano de robotização já formatado e por isso chegam até a Pollux para colocar em prática o plano. E também há empresas que chegam até a Pollux para fazer toda a análise de solução desde o início em parceria, avaliando viabilidade técnica, o que dará mais retorno e em qual etapa entra o uso do robô (e qual o modelo mais adequado) ou o uso de uma máquina, ou dos dois. Muitas vezes o uso do robô acaba solucionando um grande problema na fábrica.

Imagine uma área de paletização sem nenhuma ergonomia ou qualidade na operação. O robô melhora a qualidade do trabalho como um todo, em quesitos como o desempenho de tarefas repetitivas (aumento produtividade) e a assertividade (ele mantém uma repetibilidade de procedimentos e ações tornando a execução sempre igual). As áreas de paletização, encaixotamento e armação de caixas, ou o final de linha, tem uma grande aplicação de robôs. Eles também têm aplicações importantes no abastecimento e desabastecimento de linhas, operações de montagem, de parafusamento e de inspeção.

A tendência é que cada vez mais os robôs devem atuar em tarefas repetitivas e que exigem um alto grau de acuracidade. E com a necessidade de customização e montagem de linhas flexíveis, a robótica encontra um espaço muito importante de crescimento, cruzando com o conceito de fábricas inteligentes e que já embarcaram na jornada 4.0.

Sobre a Pollux

Fundada há 24 anos, a Pollux é uma multinacional brasileira com mais de mil projetos de tecnologia industrial implementados por toda a América. Nosso propósito é tornar a indústria 4.0 uma realidade para nossos clientes por meio de soluções completas e turnkey que integram linhas de montagem, robótica, sistemas de visão, inteligência artificial, software e veículos autônomos. Conduzimos a transformação digital nas fábricas, tornando-as mais produtivas, eficientes e inteligentes, favorecendo a competitividade em um cenário global cada vez mais acirrado.