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*Texto de José Rizzo, CEO da Pollux e presidente-fundador da Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII)
Começo este texto provocando este questionamento a você, empresário da indústria. Suas unidades fabris já fazem uso das novas tecnologias que fazem parte da Transformação Digital? O potencial mundial dessas tecnologias cresce de forma acelerada principalmente nos segmentos de e-commerces e de empresas que oferecem experiências e entretenimento, como os serviços de streaming de vídeos, filmes e músicas. Estas mesmas tecnologias avançam agora fortemente na indústria no movimento conhecido como Internet Industrial, com avanços importantes observados na Europa, América do Norte e Ásia.
Quando levamos essa realidade para as manufaturas brasileiras, temos uma defasagem visível, o que impacta consideravelmente a competitividade da indústria diante de países como Alemanha, Estados Unidos e China. Para termos uma ideia, precisaríamos instalar cerca de 165 mil robôs industriais para nos aproximarmos da densidade robótica atual da Alemanha. No ritmo atual – de cerca de 1.500 robôs instalados por ano no País – levaremos mais de 100 anos para atingir essa performance.
A aplicação do conceito de Internet das Coisas (IoT) nas fábricas, conectando robôs e automatizando processos, recebeu o nome de Internet Industrial. Essa transformação digital implica na adoção de um conjunto de tecnologias de TI e de automação industrial na formação de um sistema de produção com intensa digitalização de informações e comunicação direta entre sistemas, máquinas, produtos e pessoas. Este processo gera ambientes de manufatura altamente flexíveis para atender a demanda crescente por produtos cada vez mais customizados.
A boa notícia é que a indústria brasileira não precisará passar por todo o processo de modernização fabril ocorrido nos países desenvolvidos nas últimas décadas, para só então aderir a essas tecnologias. Devemos queimar etapas, sem ignorar essa evolução, se quisermos preservar a indústria presente no Brasil e prepará-la para um cenário no qual as tecnologias da informação e de automação gerarão as vantagens competitivas para as nações com setor de manufatura relevante.
A transformação digital da Internet Industrial, que reúne máquinas inteligentes, análise computacional avançada e trabalho colaborativo entre pessoas conectadas – e a Indústria 4.0 -, criam enormes oportunidades para setores industriais diversos, tais como manufatura, transporte, energia e saúde. Boa parte dessas tecnologias disruptivas ainda requer mais avanços, customização e a criação de soluções abrangentes que funcionem e gerem os benefícios esperados, tais como big data, analytics, nuvem, segurança e automação de conhecimento na área de software e em robótica avançada, manufatura aditiva, novos materiais, energias sustentáveis e simulação no campo da engenharia.
Para empreendedores que já atuam nos segmentos diretamente impactados por essa revolução, a solução é investir tempo na formulação de um plano consistente para avaliar e aplicar as novas tecnologias em suas operações, reunir a equipe interna com especialistas do mercado e analisar a viabilidade e o impacto de cada delas. Na transição, uma dica é pilotar cada ideia, medir os resultados e expandir para toda a operação. A outra é não esperar por um momento futuro. A hora é agora, antes que seus competidores o tirem do mercado.
Um caminho para a transformação digital é a implantação de ioT em sprints. Clique para ler o artigo e entender como isso pode funcionar!
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